TAM 3054
Fico pensando em como é trabalhar cobrindo uma crise, uma tragédia. Lembro bem como é apurar mortes de parentes. Uma criança encontrada morta, um primo que cai acidentalmente do prédio...tudo isso é muito delicado. Um terreno difícil de pisar. O acontecimento é recente. Dor e sorimento enormes. Mas de uma maneira sádica o jornalismo não pode parar. Há perguntas a se fazer e respostas a se conseguir.
Desde o dia do acidente da TAM, que por ventura se tornou o maior da aviãção brasileira, tenho dormido e acordado pensando nisso - talvez porque dentro de 15 dias seja eu a estar dentro de um avião, indo para o mesmo aeroporto onde aconteceu o acidente.
Fico pensando em como é complicado trabalhar nessas situações de dor. Onde fica a emoção e entra o profissionalismo? Mas como não se comover ao ver um jovem aos prantos, transtornado pela dor de perder a namorada? Essa imagem sim, não sai da minha cabeça!
Eurípedes Júnior (o jovem) perdeu a namorada, a jornalista Kátia Escobar no acidente com o Airbus do vôo 3054. Ao ouvir o nome dela na lista de passageiros entrou em desespero. Ontem, em matéria no Jornal Nacional, e já em São Paulo, o jovem esperava o reconhecimento do corpo para poder dar um enterro digno à ela.
Reconhecer o corpo. Fico aqui pensando em como reconhecer o corpo de alguém que amo. Meus pais, irmã, amigos...Penso também que essa dor, dependendo do caso, não pode ser repassada à outra pessoa. É ter estômago e sanidade mental para não enlouquecer diante algo tão violento. Porque, para mim, isso é uma grande violência.
Faz dias que queria escrever algo sobre esse acidente; pela falta de segurança que sinto, pela revolta em ver mais uma vez cerca de 200 pessoas inocentes morrerem, em ver que provavelmente o Governo não fará nada a não ser lamentar; e ver que a vida é uma faísca que parece ficar acessa por um tempo indeterminado - tão indeterminado que pode acabar a qualquer momento.
Meus mais verdadeiros sentimentos ao Eurípedes Jr e aos demais parentes e amigos que tiveram suas vidas marcadas por esse acidente.
Desde o dia do acidente da TAM, que por ventura se tornou o maior da aviãção brasileira, tenho dormido e acordado pensando nisso - talvez porque dentro de 15 dias seja eu a estar dentro de um avião, indo para o mesmo aeroporto onde aconteceu o acidente.
Fico pensando em como é complicado trabalhar nessas situações de dor. Onde fica a emoção e entra o profissionalismo? Mas como não se comover ao ver um jovem aos prantos, transtornado pela dor de perder a namorada? Essa imagem sim, não sai da minha cabeça!
Eurípedes Júnior (o jovem) perdeu a namorada, a jornalista Kátia Escobar no acidente com o Airbus do vôo 3054. Ao ouvir o nome dela na lista de passageiros entrou em desespero. Ontem, em matéria no Jornal Nacional, e já em São Paulo, o jovem esperava o reconhecimento do corpo para poder dar um enterro digno à ela.
Reconhecer o corpo. Fico aqui pensando em como reconhecer o corpo de alguém que amo. Meus pais, irmã, amigos...Penso também que essa dor, dependendo do caso, não pode ser repassada à outra pessoa. É ter estômago e sanidade mental para não enlouquecer diante algo tão violento. Porque, para mim, isso é uma grande violência.
Faz dias que queria escrever algo sobre esse acidente; pela falta de segurança que sinto, pela revolta em ver mais uma vez cerca de 200 pessoas inocentes morrerem, em ver que provavelmente o Governo não fará nada a não ser lamentar; e ver que a vida é uma faísca que parece ficar acessa por um tempo indeterminado - tão indeterminado que pode acabar a qualquer momento.
Meus mais verdadeiros sentimentos ao Eurípedes Jr e aos demais parentes e amigos que tiveram suas vidas marcadas por esse acidente.
E eu que senti uma pontada no peito que li um primeiro nome na lista... coração disparou só de pensar na possibilidade de perder a pessoa =/
Em tempo: provavelmente mais de 200 pessoas mortas, sim... Vítimas? Sim... Inocentes? Quem sabe...