Um mestre das palavras

Na noite do domingo, dia 29, a cantora Leila Pinheiro se apresentou na Feira do Livro em Belém com um show em homenagem ao Renato Russo. Fui até à feira, mas não deu pra esperar a apresentação, então acompanhei pela web.

Me dei conta que posso passar meses ou anos sem ouvir uma música do Renato ou da Legião Urbana, mas quando escutar minha reação vai ser a mesma: uma agitação interna, um resgate de memórias tão próximas, de um período tão particular que todo mundo tem e que só é resgatado por algo que nos toca e emociona bastante, como a música.

Renato disse muita coisa em suas músicas com as quais me identifiquei, identifico e provavelmente ainda vou me identificar. Ele é real, é atual, é presente. Acho poucos artistas são tão "vivos" na música brasileira quanto o Renato Russo - e isso é uma marca indiscutível do valor da sua obra.

Com inteligência soube tirar o melhor da sutileza dos poetas e da agressividade dos rebeldes; e com isso conseguiu encantar pessoas de idades e classes díspares, mas todos admiradores da sensibilidade do cantor.

Espero sinceramente que as homenagens não parem nunca. Ele merece e fez muito para ter esse reconhecimento. Vida longa ao Renato!

*Renato Russo nasceu em 27 de março de 1960 e morreu em 11 de outubro de 1996.

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Reflexões

Dia bom pra postar...E vou começar contando uma pequena história:

Uma vez, há quase 10 anos (antes do jornalismo entrar na minha vida, ou vice versa), uma pessoa mais velha, com mais experiência, apontou o dedo pra mim e disse que eu tinha um problema sério: "você virginiada e por isso quer que todas as pessoas sejam como você".

Eu discordei, discuti, argumentei e não deixei por menos porque naquele momento esse comentário me irritou. Não me pareceu construtivo - nem pela forma como foi colocada e porque quem me definiu assim não se explicou.

Anos depois, já na universidade me lembrei desse fato e ... concordei com ele!

Não sou a melhor pessoa do mundo, nem a melhor profissional, nem a amiga mais presente. Não sou a melhor em nada. No entanto, me dedico intensamente a tudo que faço.
Se é pra fazer, que seja 100%. Sou exigente comigo mesmo, me cobro bastante pra fazer as coisas sempre da melhor forma que eu puder.

E nisso o tal cara do início do post tem razão: eu gostaria/desejaria que as pessoas ao meu redor fossem assim também. Que tivesse um nível de desempenho que sempre busca o seu melhor, que não se conforma com o mediano, que queira crescer, que goste de receber um elogio sobre seu trabalho ou sobre um texto qualquer - mesmo que despretensioso - e que acima de tudo faça isso por querer ser alguém melhor, com mais conteúdo, alguém mais interessante na vida.

Nem sempre isso é possível. Esbarramos em pessoas que se acostumaram a nivelar por baixo e temos duas saídas: aprendemos a conviver com essa pessoa e seu estilo de vida ou a estimulamos a melhorar (quando isso é possível, claro!).

Hoje eu só gostaria de externar essa minha sensação até meio "Poliana", "sonhadora" de encarar essa passagem. Não gostaria de passar pela vida e ser a pessoa que se conformou com o pouco. Sei que ainda posso muito mais e vou lutar pra conseguir isso.

Se essa minha reflexão totalmente particular, pessoal servir pra alguém que passar por aqui e a fizer repensar na sua própria vida, já acho que valeu a pena.

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