Antropologia

Ontem foi um daqueles que promete. E desde de que a gente acorda. Levantei já com a certeza de que ia deitar novamente (sem saber a hora exata desse feito) cansada, afinal ia trabalhar até à noite para cobrir um evento específico - tarefa diferente das minhas habituais atividades.

Mas lá pelas 10h40 recebo uma ligação da minha irmã me informando que a mamãe tinha caído e talvez quebrado o pé. Momentos de tensão principalmente porque mamãe está sem plano de saúde. Após fazer um raio-x que acabou com meus últimos rex (reais, dinheiros) desse mês tive ainda que enfrentar o Jardim dos Horrores. Sim, porque só posso definir assim o Pronto Socorro Municipal (aquele da 14 de abril).

Apesar de me considerar uma pessoa forte, com estômago pra muitas coisas, não deu! Não deu mesmo! Rostos costurados como se fosse a espuma de travesseiro, cortes profundos abertos, pessoas jogadas pelo corredor em macas de alumínio frias e - o pior - uma mulher que gritava irritantemente porque - afinal de contas - estavam enfiando uma agulha no meio da sua testa; isso pra citar só algumas das figuras que enfeitavam o lugar.

Aí não deu. Peguei a mamãe e levei prum hospital particular mesmo. Desculpa, mas eu não nasci pra ficar a mercê da bondade dos 'outros', principalmente quando 'os outros' se tratam de um serviço público.

No final não foi algo tão grave, apesar da dor intensa. Uma fratura pequena no dedo que só exigiu uma imbolização local por alguns dias.

Mas valeu pela experiência antropológica de ficar naquele recinto inóspito por...uns 5 minutos e nunca mais voltar!

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