Delírios Coletivos

Inspirada pelo quase início da "semana dos namorados" (não sei se inventei esse termo, se é forçar a barra, mas achei apropriado) fui fazer uma coisa que faço diversas vezes por dia: acessei o Google. Dessa vez, joguei lá a palavra 'amor'.

No total, foram encontrados aproximadamente 209.000.000 registros e achei isso algo considerável. Não digo pela quantidade de material, até porque a maior parte deve ser descartável. Mas se existe tanta coisa publicada sobre isso, é algo que merece alguma atenção.

Eu sempre acreditei no amor, mesmo quando as coisas não iam muito bem no quesito relacionamentos. Acreditava mais na essência do sentimento e não ao amor romântico. Claro que o segundo é muito bom, mas saber separar um do outro e compreender cada um a sua forma é mais objetivo, realista, e por isso mais próximo da minha personalidade.

É bom estar envolvido com alguém, descobrir gostos parecidos, respeitar as diferenças, dividir planos? É claro que é. E você nem precisa estar absolutamente cego de amor pelo seu companheiro. Basta querer estar com ele, ver nele uma parceria que te acrescente algo(s), que te faça crescer, querer descobrir coisas interessantes e que te faça ter mais vontade de viver. Ao menos pra mim isso é perfeitamente possível e faz um casal feliz.

Mas a gente precisa compreender que o amor não é algo ligado estritamente ao outro. Não se pode transferir o que se quer para o outro extremo da relação e nem se pode exigir que o seu par abra mão de algo para encontrar, assim, a felicidade a dois. Deixar as pessoas livres seja, talvez, a forma mais garantida de ter quem você gosta do seu lado.

Amor está mais atlelado ao que você quer para si mesmo do que para o seu parceiro. Então, às proximidades do 12 de junho, não fique esperando "aparecer alguém" pra você descobri o que é o amor. Você pode descobrir isso muito antes. Agora, inclusive!